quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Existe alguém q não tenha defeitos? - Parte II :P

Hj recebi um texto q tem tudo a ver com o post anterior, e muito lindo tbm... então resolvi postá-lo aqui. Espero q seja proveitoso pra vcs ;)


Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela levava ao ombro para ir buscar água no rio. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito.
Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora a chegar a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era orgulhoso de si e dos resultados que alcançava, enquanto que o pobre vaso rachado se envergonhava do seu defeito, isto é, de só conseguir fazer metade daquilo que deveria fazer. Depois de vários anos refletindo sobre o que considerava a própria amarga derrota por ser rachado, o vaso falou com a senhora durante o caminho:
- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa...
A velhinha sorriu: Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu regava-as. Assim, durante estes anos pude colher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.

Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito q cada um de nós tem, q faz com q a nossa convivência seja interessante e gratificante.

É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o q há de bom nele. Portanto, meus "defeituosos" amigos, tenham um ótimo fim de semana e lembrem de regar as flores do seu lado do caminho ;)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Existe alguém q não tenha defeitos?

Eu e os e-mails q recebo :P

Ontem recebi um e-mail de uma pessoa de quem gosto muuuuuito, e neste e-mail tinha a seguinte frase: "Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos"... e isso (pra variar... risos) me fez parar pra pensar em algumas coisas q aconteceram comigo recentemente, em algumas "decepções", digamos assim.

Parei pra pensar no qto o ser humano é falho, imperfeito, e q às vezes esperamos demais... e por esperar demais (esquecendo q ninguém, absolutamente ninguém, é perfeito), nos machucamos.

Já fui muito machucada durante esses 29 aninhos de existência, e sei q ainda serei um pouco mais (o q é inevitável, exatamente por saber dessa "debilidade" do ser humano). A pergunta é, isso vai me fazer "desacreditar" q as pessoas podem ser, um dia quem sabe, melhores? me fazer deixar de perdoar e acreditar q podem tentar mudar, corrigir seus erros e fazer o certo da próxima vez?

Muitos já me chamaram de idiota, de boba, e até de algumas coisas um pouco piores (heheheheh) por perdoar quem me machuca, por acreditar na mudança delas e dar uma segunda, uma terceira, uma quarta chance... sinceramente? posso até ser boba mesmo, mas acredito e vou continuar acreditando q as pessoas podem mudar, q podem ser melhores do q são e não me arrependo de ser assim... quem sabe um dia isso aconteça mesmo??? Como diz o velho ditado: "a esperança é a última q morre" :D

Enquanto isso vou tocando minha vida, tentando ser uma pessoa melhor tbm, e esperando q, assim como eu, as outras pessoas tbm possam me dar chances de melhorar cada vez mais... afinal, como falei no início... NINGUÉM é perfeito!!!! ;)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

:)

Há algum tempo eu penso em criar um blog, apesar de, às vezes, ter alguma dificuldade em escrever, acho q seria um exercício bastante interessante... resolvi quebrar algumas barreiras a partir de agora.

Como o velho ditado diz: "Ano novo, vida nova", a parte da "Vida Nova" realmente já tá acontecendo pra mim. Lugar novo, trabalho novo, pena q longe da família e e dos amigos, mas creio q essa é uma mudança necessária, eu realmente tava precisando respirar novos ares, faz parte!

Recebi um e-mail de um grande amigo essa semana e me fez refletir bastante, por isso resolvi postá-lo aqui. O texto fala por si só, espero q vcs tbm possam apreciá-lo, como eu :)

Tenham um final de semana maravilhoso!!!




O quanto de Boris existe em você?

Após ouvir lixeiros desejarem "feliz 2010", Boris Casoy disse "... que m----, dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras... (risos) ... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho." O episódio chocou. As reações que está sofrendo são exageradas? Ou ele as merece? Os lixeiros desejaram a todos (inclusive a ele, portanto) "paz, saúde, dinheiro, trabalho" e o que se seguiu foi, usando sua terminologia, "uma vergonha".

O pedido de desculpas, protocolar, não teve eficácia, talvez até o contrário. A oposição entre a imagem do apresentador e o comentário em off, revelador de uma visão elitista e preconceituosa, frustrou a ideia de respeito a todos e ao telespectador (imaginem o filho de um gari ouvindo isso). A rudeza dos comentários não se resolve por ter sido um acidente e não é fácil pedir desculpas pelo que se é ou pensa. Contudo, até que ponto a diferença entre nós e o Boris reside apenas no azar que ele deu pelo vazamento? O quanto de Boris existe em cada brasileiro?

Quando alguém se refere ao ponto "mais baixo na escala do trabalho" pode estar se referindo ao conteúdo moral ou social da atividade (como, por exemplo, criticar o tráfico ou a agiotagem), pelos riscos ou pela remuneração reduzida. A atividade de lixeiro não é nociva à sociedade. Nocivo seria, para a saúde e meio ambiente, que eles não atuassem. Como o risco não é tão grande, por eliminação, resta a remuneração. E aí reside um preconceito que resiste: julgar a dignidade das pessoas, ou das profissões, de acordo com sua remuneração. Há que se reconhecer que nem sempre existe equilíbrio entre a importância social de uma função e os ganhos que esta proporciona. E não se pode confundir o desejo de melhorar de vida ou ganhar mais, e a admiração por quem logra isto, com uma postura de menoscabo com as funções menos rentáveis.

Todo trabalho é digno. O que existe, em cada ofício, são pessoas que agem bem e outras não. Existem servidores públicos, CEO"s, lixeiros, jornalistas e juízes dignos e indignos, o que se define pela forma como exercem sua atividade. Mais que isso, Jesus dizia que "a vida do homem não consiste na abundancia dos bens que possui".

Se você, leitor, julga alguém melhor ou pior levando em consideração o quanto a pessoa ganha, ou como se veste, ou onde mora, é preciso reconhecer que em você há, escondido, um pouco desse lado sombrio que o Boris revelou ter. Talvez o lado positivo desse episódio seja a reflexão sobre até que ponto ele não revela nossos preconceitos em off.

Camila Pitanga, que faz o papel de uma faxineira na novela global, afirmou que anda pelo estúdio sem ser cumprimentada quando está com os trajes da personagem. Feliz pelo papel ser convincente, não deixou de anotar como é estranho ficar "invisível", Esse fenômeno já foi objeto de estudo por um professor da USP que, vestido de faxineiro, ficou "invisível" na universidade, por anos. Em suma, quem deixa de ver o faxineiro, não deixa de ter seu lado Boris. Não que o Boris seja de todo mal, ele não é. Ninguém é. Somos todos humanos, com nossos lados luminosos e sombrios.

Boris também errou ao analisar a função de lixeiro. Os "'garis" são figuras simpáticas à população, vivem de bom humor e, ao lado dos carteiros, têm índices de aprovação e confiança que fazem corar os Poderes, a igreja e a imprensa. Infelizmente, estas instituições não são eficientes para limpar seus respectivos "lixos" como os garis o são com o lixo que lhes cabe. Por fim, não esquecer que - com seu jeito e ginga - um gari ilustra o vídeo institucional da bem sucedida campanha "Rio 2016". No Rio, os concursos para gari são concorridíssimos.

Certa vez, fui a uma festa na casa de um Procurador do Ministério Público do Trabalho (negro e onde grande número de convidados eram afrodescendentes). Fui com meus dois filhos e a babá do mais novo. Ela, negra, não está acostumada a ir a festas com tantas pessoas da sua cor. Em restaurantes e colégios caros, só para dar dois exemplos, é raro encontrar pessoas negras. Depois da festa, perguntei à babá o que ela achou e sua resposta foi: "Achei muito diferente, Dr. William. As pessoas olhavam para mim!". De fato, quem reparar vai ver quantos ignoram os trabalhadores mais humildes, quando não chegam a destratá-los. Naquele ambiente raro, a jovem experimentou a "não invisibilidade".

E você, leitor? Cumprimenta seu lixeiro? O garçom? A babá da vizinha? O porteiro? Você os vê? Aquele áudio procura você. Se você se julga, ou julga os outros, por quanto ganha, por qual carro tem, ou se não tem um, então o episódio pode revelar esse lado do Boris em seu cotidiano. Melhor que apenas discutir o que fez o Casoy é também questionarmos até que ponto reconhecemos o valor de todo e qualquer trabalho honesto.

William Douglas é Juiz Federal e professor.