terça-feira, 9 de novembro de 2010

CALEM A BOCA, NORDESTINOS!!!

Não precisa dizer mais nada né?! o texto abaixo já diz tudo :)
Uma ótima semana pra todos vcs.

A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.

Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra... outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.

Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".

Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.

E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!

Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!

Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?

Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?

Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?

Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.

Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...

Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...

E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...

Ah! Nordestinos...

Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?

Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.

Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!

Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!

Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!

Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!

Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.

Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

José Barbosa Junior, na madrugada de 03 de novembro de 2010.

Fonte: http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=204&Itemid=26

Ps.: José Barbosa Junior nasceu em Teresópolis-RJ

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O tempo e as jabuticabas - Rubem Alves

Texto muito bom e q vale realmente a pena ler.
Tenham um fim de semana maravilhoso! Bjos


O tempo e as jabuticabas
Rubem Alves

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que, apesar da idade cronológica, são imaturas.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo". Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Você sabe lidar com a carência?

Sentir-se carente é algo que acontece com todos os seres humanos. A carência afetiva pode ser mais ou menos intensa, pode durar um período curto ou longo e algumas pessoas vivem no estado de carência uma vida inteira.

O que ocorre na maior parte das vezes é que não fomos treinados para suprir nossas carências, ao menos temporariamente. Imaginamos que esse suprimento afetivo só pode ocorrer se estivermos com um parceiro ou parceira. Não é à toa que existe muita gente que "não consegue ficar sozinha".

Temos várias fontes de afeto que não reconhecemos como tal porque nossa cultura praticamente exige que estejamos namorando ou casados, como se isso fosse garantia de plenitude afetiva. Não é!

E por causa dessa crença ficamos menos seletivos, acabamos por entrar às cegas em relacionamentos que se transformam em sofrimento e problema assim que termina a fase do encantamento, da sedução. Nos vemos envolvidos com pessoas difíceis, ciumentas demais, exploradoras, insensíveis, desrespeitosas, com uma personalidade muito distante daquilo que pretendíamos ter ao nosso lado. E por medo da solidão, na ilusão de que estar com alguém estaremos a salvo da carência, não nos damos conta de que continuamos esvaziados de afeto, mendigando amor e atenção.

Quando você se sentir carente, volte seu olhar para os outros setores de sua vida e perceba o quanto está perdendo em qualidade de vida afetiva quando acredita que só pode ser suprida ao estar mergulhada num relacionamento a dois.

Preste atenção em:

Sua família - seus pais, por mais que vocês tenham problemas de convivência, demonstram o amor das mais variadas formas: fazendo aquela comida gostosa, cuidando da organização e sustento da casa, se interessando por seu bem estar. Abra seu coração para esse carinho silencioso, saiba receber e retribuir. Reconheça o afeto contido nas pequenas atitudes.

Seus filhos - pequenos ainda, ou adolescentes e mesmo já adultos, demonstram seu carinho com uma brincadeira, dividindo um segredo, partilhando uma alegria, demonstrando confiança.

Seus amigos - o convite para uma festa, a declaração de amizade, o ombro oferecido sem outro interesse a não ser amparar você ou a busca de seu ombro confiando problemas.

Seus colegas de trabalho ou de colégio/faculdade - a ajuda prestada numa matéria ou a orientação sobre as diretrizes da empresa são uma atitude generosa, o convite para o almoço ou para a balada demonstrando que sua presença é querida...

Se você aprende a reconhecer nos pequenos gestos uma atitude afetiva, você passa a se sentir muito mais suprido e feliz. Mas tão importante quanto sentir-se nutrido por colegas, amigos, familiares e filhos, é aprender a nutrir a si mesmo. Valorize suas qualidades e aprenda a reconhecer as coisas legais que você faz, a pessoa bacana que você é! Aprenda a dar a você mesmo pequenos presentes, desde uma xícara gostosa de café até uma merecida viagem de férias. Mas faça isso com consciência, sem ligar o "piloto automático". Enquanto estiver preparando seu café, curta esse momento, perceba que você pode se afagar quando curte o prazer de deitar em lençóis cheirosos ou quando prepara a pipoca para assistir àquele filme que queria tanto ver.

Os pares que escolhemos para compartilhar a vida a dois estarão muito mais próximos de nos satisfazer afetivamente quando somos movidos pelo desejo de estarmos acompanhados, ao invés de estarmos movidos pela necessidade de suprir nossas carências. Quando estamos em paz por sabermos que somos capazes de nos suprir de diversas formas, estamos também mais alertas, conseguimos detectar melhor se a pessoa com quem estamos nos envolvendo tem as qualidades que desejamos e merecemos.

É muito importante estar "antenado" em você mesmo e reconhecer o tanto de afeto que o cerca. E antes de sair desenfreadamente buscando do lado de fora preencher os vazios do seu coração, faça antes por você mesmo o que gostaria que alguém fizesse. Ou seja, cuide de você. Ame-se!

Tenham uma semana maravilhosa!!! :)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

No Brasil, futebol é religião!

Este texto que estou postando hoje é muito interessante, vale realmente a pena perder alguns minutinhos do seu tempo pra ler até o final ;)


Parece mentira, mas foi verdade. No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos atual campeão paulista de futebol foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.

Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.

Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a) todos ídolos super-aguardados.

O motivo teria sido religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral

Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram.

Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.

Eis que o escritor, conferencista e Pastor ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto No Brasil, futebol é religião, que abaixo tenho o prazer de compartilhar.
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No Brasil, futebol é religião por Ed Rene Kivitz

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa.
Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho

"Procure ser um homem de valor, em vez de procurar ser um homem de sucesso." (Albert Einstein)

Tenham um excelente fim de semana.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia do amigo!

Em meio a várias mensagens que recebi hoje pelo dia do amigo, uma me chamou bastante atenção... e resolvi postá-la aqui, principalmente pra "tirar as teias de aranha " aqui do blog... risos.

Espero que vocês apreciem :)

FELIZ DIA DO AMIGO!!!



Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma

E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,ela vai feri-lo de vez em quando
e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam,
e percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas.
Pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não deve se comparar com os outros,
mas como melhor que você pode ser.

Descobre que leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,
mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai
é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse
alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que, realmente pode suportar...
que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não agüenta mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

"Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

WILLIAM SHAKESPEARE

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Minha Bahia!!!

Recebi hj um texto muito interessante e q com certeza merece espaço aqui no blog (q por sinal tentarei atualizar com mais frequência, é q ele passou alguns dias sendo bloqueado aqui no trabalho... risos).

Ê saudade!!! rs. Espero q vcs gostem :)



NÃO QUERO SER BAIANO!

Me chamo Elilson Cabral, sou de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Capão da Canoa, e estava cansado em ouvir falar dos baianos e de sua “Vasta Cultura”. Não suportava mais ouvir nos veículos de comunicação o quanto a Bahia era perfeita, suas praias paradisíacas, seus artistas infindos, cansei de ouvir: Baiano não nasce, estréia. Olhava pro rosto do povo Rio Grandense e via neles tanto ou mais “cultura” que nos baianos, a Bocha, a Milonga, a Guarânia, o chimarrão e não só as danças, ritmos ou indumentárias, mas toado sentimento que exalava do nosso cotidiano. “Cultura”, isso nós tínhamos, e tínhamos mais e melhor, afinal o que o mundo via na Bahia que não via em nós?
Resolvi então descobri o que é que a Bahia tem. Tirei dois anos da minha vida para conhecer a Bahia e toda sua “Cultura”, para poder mostrar pra o Brasil que existimos e que somos tão bons quantos qualquer outro brasileiro.
No dia 03 de Outubro de 1999 desembarquei no aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, e logo de cara ao contrario de baianas com suas roupas pomposas e suas barracas de acarajé, dei de cara com um taxista mal humorado porque tinham lhe roubado o aparelho celular, começava então minha árdua luta pra provar que baiano como qualquer outro brasileiro nascia de um ventre e não de traz das cortinas.
Alguns quilômetros à frente já estava tentando arrancar do taxista as informações que pudessem servir de base para minhas teorias, afinal eu precisava preencher uma serie de lacunas sobre os baianos e suas “baianíces”.
Seu Ivo, era como se chamava o simpático taxista falava sem parar, com uma voz de ritmo pausado e sem pressa para me explicar, ia ele contando-me toda historia de salvador e sua política:
- Ah! Essa política é uma “fuleiragem”, é sempre eles nos roubando e agente votando nos mesmo sacanas que nos roubam.
Me chamou a atenção como ele não media palavras para definir os seus governantes. Mas até então nada na Bahia me encantara, nada de magia, nada de beleza. Chegando no hotel onde ficaria durante esse período fui então programar minhas estratégias e resolvi logo ir ao local mais badalado da Bahia, O pelourinho. Chegando no bairro mais uma vez nada de surpresa, casas antigas, pessoas e cabelos, trançados, espichados, alisados, pintados, enfim, coisas da Bahia. Senti um cheiro muito forte de dendê (ao menos eu achava que era dendê), nunca sentira aroma igual. Então avistei numa varanda pequena uma senhora e duas crianças que brincavam de aprender a fazer acarajé, parei e fiquei olhando tentando colher informações para meu “dossiê”.
- Entra seu moço!
Foi o que logo ouvi, meio sem jeito fui logo pra perto do fogão, o cheiro era cada vez mais forte e envolvente.
- O senhor quer uma?
- Claro!
Ia perder a oportunidade de comer a iguaria baiana mais famosa e poder dar meu parecer a respeito? Jamais. Dei a primeira mordida e me senti como se tivesse numa fornalha, aquilo queimava, ardia e pasmem era muito gostoso, tentava parar de comer, mas quanto mais tentava mais me lambuzada com aquele recheio que eles chamavam de VATAPÁ. Delicioso!
Enfim a Bahia tem algo de bom, mais é isso que encanta na Bahia? Bem vou encurtar minha historia para que vocês leitores dessa revista não fiquem entediados.
Passei dois anos viajando por toda Bahia, suas praias paradisíacas, ouvindo e vendo seus artistas, e saboreando de sua cultura e consegui chegar a um denominador comum, consegui alcançar o tanto procurava. Enfim os baianos não são melhores que nós Gaúchos, na realidade somos até mais civilizados que eles, porém, uma coisa nesses dois anos me chamou a atenção, vou dizer-lhes qual foi. Ao voltar para minha linda cidade no interior do Rio Grande do Sul, me senti como se estivesse pousado no meu planeta, e logo escrevi um artigo pra uma revista falando da minha “descoberta” e depois de publicada fiquei de bem comigo mesmo e com minha terra, agora sim estou leve.
Agora sim?
Ainda não!
Passei os meus dias tentando entender porque sentia tanta falta da Bahia, porque sentia falta de meu vizinho Dorgival, do rapaz que passava vendendo sacolé, do João da barraca de água de coco, meu Deus porque esse vazio? Foi então que descobri o que é que a Bahia tem.
Sem pretensão de ofender os meus, digo-lhes que, jamais verei nos sorrisos gaúchos a beleza da sinceridade baiana, jamais sentirei nas percussões de cá o pulsar dos meninos negros de pés descalços que “oloduavam” sem ter medo da dureza futura, jamais terei no abraço de meus parentes, o calor que sentia ao ser abraçado pela vendedora de cocada de araçá que toda tardinha teimava em insistir pra que eu comprasse mais uma, jamais sentirei nos territórios daqui o cheiro de dendê, puxa o dendê que nem mesmo sabia o seu cheiro e o reconheci assim, de pronto, queridos conterrâneos, na nação de lá eles andam descalços mesmo os adultos e não é por não terem calçados, eles gostam de viver assim, a chuva não é apenas suprimento e fartura, é diversão, quantas vezes corri pela chuva com o André, filho de Dona Zete, seguindo o caminho que ela fazia no meio da calçada. Amigos, naquela nação os cabelos são como roupas, as roupas são como armas e as armas são os instrumentos, que levam uma multidão para uma batalha que dura 7 dias e que sempre acaba em vitória para ambos os lados, uma cabaça é motivo de festa, um fio de arame motivo pra luta (de capoeira), dois homens juntos é motivo pra samba, pagode, e festa. E pasmem queridos patrícios, eles trabalham, e muito, no tabuleiro de cocada, na frente de um volante, com uma baqueta nas mãos, trabalham sim. Não quero ser baiano! Sou gaúcho! Sou brasileiro! Mas nunca imaginei que conheceria um Brasil que jamais pensei achar exatamente na Bahia, exatamente lá, do outro lado, na outra nação.. Não quero me separar deles, não quero perder o direito de dizer que sou brasileiro e que tenho a Bahia como pedaço de mim. Não quero ser baiano, mas mesmo assim não consigo não ser.
Jamais saberia que seria necessário ir a Bahia para conhecer o Brasil.

Elilson Nunes Cabral Filho
Jornalista

segunda-feira, 19 de abril de 2010

...

Um texto pra refletir um pouco e começar bem a semana :)

Esperamos demais!
Henry Sobel

Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.

Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.

Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.

Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.

Esperamos demais para ser pais dos nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.

Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe quão logo será tarde demais?

Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.

Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar amor que talvez não seja mais necessário amanhã.

Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.

Deus também está esperando nós pararmos de esperar. Esperando que comecemos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.

É HORA DE VIVER!

terça-feira, 23 de março de 2010

Nunca quis tanto q chegasse uma determinada data como quero q chegue a semana santa. Por mais q eu tenha passado esse fim de semana em salvador, volta e meia tenho a impressão de q nem fui, talvez pq o tempo tenha sido muito curto pra muita coisa.

Muita coisa pra fazer, muita gente pra ver, pra dar atenção, pra receber atenção... acho q preciso de pelo menos umas 2 semanas (risos). Mas a parte boa é q matei (só um pouquinho, mas deu pro gasto) a saudade de minha família, de alguns pouquíssimos amigos (me perdoem, como eu disse, é muita gente pra ver em tão pouco tempo), e da minha banda favoritaaaaaaa :D

Há um bom tempo venho "sonhando" com esse show, com a volta da Lilit. Pena q essa volta não vai acontecer, mas ao menos deu pra curtir um pouco o som da galera, o "último show" como o próprio cartaz divulgava. Deu pra rever Bel, Dani, None, Dea, Pig... pena q, como dizem, tudo q é bom dura pouco (na verdade, QUASE tudo... risos).

Bom, vou deixá-los curtindo um pouquinho da Lilit tbm, espero q gostem :)





terça-feira, 9 de março de 2010

O fundo da folia na área do Farol da Barra

As vezes recebo e-mail interessantes e por sinal já postei algumas coisas aqui, mas este merece, mais do q qualquer outro, um espaço aqui no blog.

É triste ver este tipo de coisa, mas já q acontece vamos divulgar pra ver se as pessoas passam a ter um pouco mais de consciência.

O fundo da folia na área do Farol da Barra
Em 5/03/2010, publicado por Fabiano Barretto.

Só que ao invés de estarem pulando, dançando e se beijando ao som frenético e ensurdecedor dos trios elétricos, os foliões do fundo do mar estavam rolando de um lado para o outro numa mórbida coreografia, empurrados silenciosamente pelo balanço do mar, sem dança, sem alegria, sem vida e sem poesia.
O fundo da folia
Dez dias após o carnaval, resolvi mergulhar com dois amigos na área do Farol da Barra para confirmar a notícia de que havia uma quantidade absurda de lixo espalhada pelo fundo do mar naquela área.
O fundo da folia
Mesmo com a água um pouco suja por causa das chuvas do dia anterior, logo identificamos o local. Na verdade o lixo não estava espalhado, mas concentrado em um canal provavelmente em razão do movimento das marés. Uma cena lamentável! Eram pelo menos mil e quinhentas latinhas metálicas e garrafas plásticas.
O fundo da folia
Da superfície o visual parecia com as imagens áreas que vemos dos blocos de carnaval durante a festa momesca. Só que ao invés de estarem pulando, dançando e se beijando ao som frenético e ensurdecedor dos trios elétricos, os foliões do fundo do mar estavam rolando de um lado para o outro numa mórbida coreografia, empurrados silenciosamente pelo balanço do mar, sem dança, sem alegria, sem vida e sem poesia.
O fundo da folia
Assustados, decidimos não retirar o material naquele dia na esperança de tentar sensibilizar algum veículo de comunicação para fazer uma matéria com imagens subaquáticas. A intenção era compartilhar aquela agressão carnavalesca com nossa população e os donos da folia.
O fundo da folia
Fizemos contato com pelo menos três emissoras e todas pediram que enviássemos e-mails com fotos, o que fizemos imediatamente. Aguardamos respostas por dois dias e como não tivemos qualquer retorno, optamos por retirar o lixão de lá para evitar maiores danos.
O fundo da folia
O fundo da folia
A bem da verdade estávamos super desconfortáveis com nossas consciências por termos testemunhado aquela cena e deixado para resolver o problema dias após. Mas tínhamos que tentar a matéria para que a ação não se resumisse somente à coleta do material.
O fundo da folia
O fundo da folia
Tínhamos em mente que a repercussão sensibilizaria os empresários e artistas do carnaval, os órgão públicos, a imprensa, as empresas financiadoras e nossa gente. A tentativa foi boa, mas não rolou…
O fundo da folia
Fomos então, no terceiro dia após o primeiro mergulho, retirar o material. Antes, porém, fiz questão de chamar um amigo que tem uma caixa estanque para filmarmos a ação e guardarmos o documentário visando trabalhos futuros e até mesmo a matéria que queríamos na TV.
O fundo da folia
Sem cilindro de ar e contando apenas com duas pranchas de SUP (Stand Up Paddle) e alguns sacos grandes, éramos quatro mergulhadores ousados retirando do fundo do mar tudo o que podíamos naquela tarde.
O fundo da folia
O fundo da folia
O fundo da folia
Pouco antes de o sol se pôr conseguimos finalmente colocar todo o lixo na calçada.
Muitos curiosos, inclusive turistas, olhavam intrigados a nossa atitude e a todo o instante nos questionavam sobre a origem daquele resíduo. A resposta estava na ponta da língua: Carnaval!
O fundo da folia
Vou logo informando aos amigos leitores que não sou contra o carnaval, muito pelo contrário, sou fã por diversos motivos, mas acho que a realidade da festa não guarda a menor relação com as belíssimas cenas, as informações rasgadas de elogios e a excessiva euforia amplamente divulgada pela mídia.
Sei que o comprometimento com os patrocinadores e aquela velha guerrinha de vaidades contra os carnavais de outros estados como Pernambuco e Rio de Janeiro, acabam conspirando para isso. Mas vejo aí um modelo cansado, super dimensionado, sem inovações socialmente positivas e remando na direção oposta ao desenvolvimento sustentável da nossa cidade.
Aquele lixo submarino é um pequeno sinal deste retrocesso. Pior, patrocinado solidariamente pelos grandes empresários, artistas e principalmente pelo poder público que tem o dever de melhorar nossa segurança, nossa saúde e educação.
O fundo da folia
O fundo da folia
O fundo da folia
Aproveito o embalo para incluir indignação semelhante sobre os eventos realizados na praia do Porto da Barra durante o verão.
O “Música no Porto” e o “Espicha Verão” não tem trazido nada de bom para nossa cidade, além da oportunidade de vermos ótimos artistas de perto e de graça. De resto, o lixo, o mau cheiro, a degradação ambiental, o xixi pelas ruas, a impressionante quantidade de ambulantes amontoados por todos os espaços públicos e a agressão aos patrimônios históricos, são um grande “pé na bunda” do turista de qualidade.
Espicha Verão. Foto: Manuela Cavadas / Agência A Tarde
Show de Jussara Silveira foi um dos mais esperados da noite pelo público. Luciano da Matta / Agência A Tarde
É o mesmo que olhar para uma bela maçã com a casca brilhante e aspecto suculento, porém, apodrecida por dentro…
Naquele final de tarde acabamos contemplando um por do sol diferente. O monte de lixo empilhado na calçada do Farol da Barra virou atração. E como Deus é grande, fomos brindados com a presença de valorosos catadores de rua para finalizar a limpeza.
O fundo da folia
Desta ação, além das ótimas imagens documentadas em vídeo, resta rezar para que os donos do carnaval, dos eventos no Porto da Barra e nossos queridos foliões se toquem que algo tem que mudar.
O fundo da folia
O fundo do mar não merece aquele bloco reluzente e, ao contrário do asfalto, o oceano costuma revidar violentamente as agressões sofridas.
Não tem alegria alguma no fundo da folia!
O fundo da folia

quarta-feira, 3 de março de 2010

Saudade...

"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar..." (Rubem Alves)


Acho q a ficha tá começando a cair...

Vim aqui pra Vitória-ES em novembro do ano passado e até então não tinha sentido tanta saudade de salvador como estou sentindo esses dias... saudade da minha família, dos meus amigos, da minha vida na terrinha maravilhosa.
Acho q era pq tava tudo muito recente, tudo muito novo, a adrenalina correndo solta por vir pra uma cidade onde não conhecia absolutamente ninguém (além de Grazi, q foi quem me trouxe pra cá, e tbm é de salvador), tendo q procurar apartamento, mobiliá-lo, literalmente construir uma vida nova aqui, q acabei não sentindo tanto. Mas agora q a coisa tá se acalmando mais, q tô me acostumando mais, acabo sentindo bem mais tbm.

Tá sendo uma experiência ótima, sinto q tô crescendo sabe?! Mas q saudade dói, dói... e muito!!! Mas creio q realmente tava precisando desse tempo longe pra amadurecer um pouco, pra perceber a real importância de determinadas pessoas e coisas em minha vida, e pra perceber quem são meus amigos de verdade.

Já tive algumas surpresas nesses poucos meses... me decepcionei com uns, me surpreendi com outros... Mas a vida é assim, às vezes precisamos "perder" pra "ganhar", e ter certeza das q coisas q são, de fato, verdadeiras. É como dizia Machado de Assis: "A distância é como os ventos, apaga as velas e acende as grandes fogueiras" :)

Mas... lágrimas à parte... semana santa tá vindo aí, dá pra dar uma diminuida nessa saudade q me aperta tanto o peito, recarregar um pouco as energias e continuar seguindo em frente.

E pra finalizar esse post (q é quase um jornal... risos), deixo pra vcs uma música maravilhosa, de uma das minhas bandas favoritas... hehehehehehe. Uma ótima semana ;)

O Teatro Mágico - O anjo mais velho

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tatuagem par ou ímpar??? :)

Estava dando uma olhada em alguns sites de tatuagem e me deparei com essa pergunta clássica... risos. Acho q todo mundo já ouviu falar nessa coisa de q tem q ser número ímpar e blá blá blá, mas eu não sabia onde surgiu isso. Agora sei e resolvi compartilhar com vcs ;)

A propósito, o fato de eu querer fazer outra tattoo não tem nada a ver com isso ok?! kkkkkkkkkkkkkk

Bjos e um ótimo fim de semana!


Tatuagem par ou ímpar?

Mesmo quem não tem uma tatuagem já ouviu falar sobre essa lenda de tatuagem par ou ímpar, opiniões se dividem a respeito dessa lenda, enquanto alguns são mais mitológicos e relacionam esse fato ao número (666) outros preferem acreditar em histórias contadas pelos precursores da tatuagem artística, os marinheiros. A relação com o número 666 vem desse número ser uma sequência de 3 números e representar o número da besta, na maioria das vezes quem acaba de fazer uma tatuagem, tem a preocupação de não figurar entre os desfavorecidos, e diz: "Logo farei outra pois tatuagem em número ímpar dá azar".
Os marinheiros contavam que certa vez um navio de piratas naufragou e todos aqueles que possuíam tatuagens em números ímpares morreram, isso causou muito temor entre os viajantes do mar e por conhecerem diversas nações disseminaram essa lenda.


Particularmente conheci um tatuador no início dos anos 80, precisamente em 1982 quando comecei a tatuar, ele se chamava "Dock", seu estúdio chamava-se "Eletric Tattoo Studio" ficava em Copacabana. Esse cara tatuou por anos em "New Orleans" EUA. New Orleans é uma cidade portuária onde no início da era "Tatuagem artística", ou seja, a tatuagem feita com maquina elétrica surgiu, foram ali também que surgiram os primeiros estúdios de tatuagem, porém isso não foi muito bom para a imagem da tatuagem, pois naquela região concentravam-se grande número de bordeis, consequentemente prostitutas passaram a ser as primeiras mulheres a terem tatuagem. Voltando a lenda da tatuagem par ou ímpar, conta meu amigo Dock que os tatuadores de New Orleans, devido a baixa procura por novas tatuagens, começaram a espalhar uma lenda. Essa lenda dizia que certa vez um navio de piratas naufragou e nesse naufrágio sobreviveu somente os piratas que possuíam tatuagens em número par, no intuito de quem tivesse somente uma tatuagem fizesse mais uma para sair do misticismo, e assim eles fariam mais uma tatuagem naquela pessoa e aumentaria a clientela.
Tamanho foi o êxito dessa estratégia de marketing que após algum tempo lançavam rumores que quem havia morrido na realidade eram os piratas com tatuagens de número par, e assim se dava início ao ciclo novamente. Eu lhes digo, essa história de tatuagem par ou ímpar é pura superstição, algo que não devemos encarar com seriedade, já vi muitos clientes chegarem em minha loja e fazerem uma tatuagem pelo simples fato de terem ouvido alguém lhe dizer que tatuagem ímpar dá azar, assim como já chegaram clientes que fizeram uma nova tatuagem por terem lhe dito que tatuagem par traria mau agouro, eu lucro com isso mas recomendo que deixem de lado essa questão, faça uma tatuagem somente se você estiver afim do desenho, essa relação par ou ímpar é a mesma coisa de discutir o sexo dos anjos, falando nisso... um anjo é masculino ou feminino??? :)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

...

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor! Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.

Tenho visto muito amor. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas que esbarram na dificuldade de se tornarem bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Amores verdadeiros, eternos, de repente se percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, eqüidade, equiparação, sem atinar que quem está sem razão talvez esteja vivendo um momento no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é perigoso: em geral enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas quase sempre na hora errada. Amar bonito é saber a hora de Ter razão. E é saber Ter razão.

Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas o que é exigido por suas partes necessitadas, quando, talvez, dele devesse pouco esperar, para valorizar devidamente tudo de bom que ele pode trazer. Quem espera demasias sofre, e , sofrendo, deixa, igual, irmão, criança. Sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomenda-se: encabulamento; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível, com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”; arquivar as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando de quem deixou de manifestá-la.

Não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha medo, principalmente de tudo o que você teme: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente

Jogue pro alto todas as jogadas, estratégias, golpes, espertezas, atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido); seja apenas você, no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como quando esperava Papai Noel e temia vê-lo. Revivendo os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.

Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo bonito (a ordem das frases não altera o produto). O seu amor precisa ser tudo o que você é, e, nunca: deixaram, consegui, soube, pôde ou foi possível.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe, pois, com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do próprio amor e só assim tentar fazer o seu amor feliz.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Existe alguém q não tenha defeitos? - Parte II :P

Hj recebi um texto q tem tudo a ver com o post anterior, e muito lindo tbm... então resolvi postá-lo aqui. Espero q seja proveitoso pra vcs ;)


Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela levava ao ombro para ir buscar água no rio. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito.
Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora a chegar a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era orgulhoso de si e dos resultados que alcançava, enquanto que o pobre vaso rachado se envergonhava do seu defeito, isto é, de só conseguir fazer metade daquilo que deveria fazer. Depois de vários anos refletindo sobre o que considerava a própria amarga derrota por ser rachado, o vaso falou com a senhora durante o caminho:
- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa...
A velhinha sorriu: Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu regava-as. Assim, durante estes anos pude colher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.

Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito q cada um de nós tem, q faz com q a nossa convivência seja interessante e gratificante.

É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o q há de bom nele. Portanto, meus "defeituosos" amigos, tenham um ótimo fim de semana e lembrem de regar as flores do seu lado do caminho ;)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Existe alguém q não tenha defeitos?

Eu e os e-mails q recebo :P

Ontem recebi um e-mail de uma pessoa de quem gosto muuuuuito, e neste e-mail tinha a seguinte frase: "Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos"... e isso (pra variar... risos) me fez parar pra pensar em algumas coisas q aconteceram comigo recentemente, em algumas "decepções", digamos assim.

Parei pra pensar no qto o ser humano é falho, imperfeito, e q às vezes esperamos demais... e por esperar demais (esquecendo q ninguém, absolutamente ninguém, é perfeito), nos machucamos.

Já fui muito machucada durante esses 29 aninhos de existência, e sei q ainda serei um pouco mais (o q é inevitável, exatamente por saber dessa "debilidade" do ser humano). A pergunta é, isso vai me fazer "desacreditar" q as pessoas podem ser, um dia quem sabe, melhores? me fazer deixar de perdoar e acreditar q podem tentar mudar, corrigir seus erros e fazer o certo da próxima vez?

Muitos já me chamaram de idiota, de boba, e até de algumas coisas um pouco piores (heheheheh) por perdoar quem me machuca, por acreditar na mudança delas e dar uma segunda, uma terceira, uma quarta chance... sinceramente? posso até ser boba mesmo, mas acredito e vou continuar acreditando q as pessoas podem mudar, q podem ser melhores do q são e não me arrependo de ser assim... quem sabe um dia isso aconteça mesmo??? Como diz o velho ditado: "a esperança é a última q morre" :D

Enquanto isso vou tocando minha vida, tentando ser uma pessoa melhor tbm, e esperando q, assim como eu, as outras pessoas tbm possam me dar chances de melhorar cada vez mais... afinal, como falei no início... NINGUÉM é perfeito!!!! ;)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

:)

Há algum tempo eu penso em criar um blog, apesar de, às vezes, ter alguma dificuldade em escrever, acho q seria um exercício bastante interessante... resolvi quebrar algumas barreiras a partir de agora.

Como o velho ditado diz: "Ano novo, vida nova", a parte da "Vida Nova" realmente já tá acontecendo pra mim. Lugar novo, trabalho novo, pena q longe da família e e dos amigos, mas creio q essa é uma mudança necessária, eu realmente tava precisando respirar novos ares, faz parte!

Recebi um e-mail de um grande amigo essa semana e me fez refletir bastante, por isso resolvi postá-lo aqui. O texto fala por si só, espero q vcs tbm possam apreciá-lo, como eu :)

Tenham um final de semana maravilhoso!!!




O quanto de Boris existe em você?

Após ouvir lixeiros desejarem "feliz 2010", Boris Casoy disse "... que m----, dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras... (risos) ... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho." O episódio chocou. As reações que está sofrendo são exageradas? Ou ele as merece? Os lixeiros desejaram a todos (inclusive a ele, portanto) "paz, saúde, dinheiro, trabalho" e o que se seguiu foi, usando sua terminologia, "uma vergonha".

O pedido de desculpas, protocolar, não teve eficácia, talvez até o contrário. A oposição entre a imagem do apresentador e o comentário em off, revelador de uma visão elitista e preconceituosa, frustrou a ideia de respeito a todos e ao telespectador (imaginem o filho de um gari ouvindo isso). A rudeza dos comentários não se resolve por ter sido um acidente e não é fácil pedir desculpas pelo que se é ou pensa. Contudo, até que ponto a diferença entre nós e o Boris reside apenas no azar que ele deu pelo vazamento? O quanto de Boris existe em cada brasileiro?

Quando alguém se refere ao ponto "mais baixo na escala do trabalho" pode estar se referindo ao conteúdo moral ou social da atividade (como, por exemplo, criticar o tráfico ou a agiotagem), pelos riscos ou pela remuneração reduzida. A atividade de lixeiro não é nociva à sociedade. Nocivo seria, para a saúde e meio ambiente, que eles não atuassem. Como o risco não é tão grande, por eliminação, resta a remuneração. E aí reside um preconceito que resiste: julgar a dignidade das pessoas, ou das profissões, de acordo com sua remuneração. Há que se reconhecer que nem sempre existe equilíbrio entre a importância social de uma função e os ganhos que esta proporciona. E não se pode confundir o desejo de melhorar de vida ou ganhar mais, e a admiração por quem logra isto, com uma postura de menoscabo com as funções menos rentáveis.

Todo trabalho é digno. O que existe, em cada ofício, são pessoas que agem bem e outras não. Existem servidores públicos, CEO"s, lixeiros, jornalistas e juízes dignos e indignos, o que se define pela forma como exercem sua atividade. Mais que isso, Jesus dizia que "a vida do homem não consiste na abundancia dos bens que possui".

Se você, leitor, julga alguém melhor ou pior levando em consideração o quanto a pessoa ganha, ou como se veste, ou onde mora, é preciso reconhecer que em você há, escondido, um pouco desse lado sombrio que o Boris revelou ter. Talvez o lado positivo desse episódio seja a reflexão sobre até que ponto ele não revela nossos preconceitos em off.

Camila Pitanga, que faz o papel de uma faxineira na novela global, afirmou que anda pelo estúdio sem ser cumprimentada quando está com os trajes da personagem. Feliz pelo papel ser convincente, não deixou de anotar como é estranho ficar "invisível", Esse fenômeno já foi objeto de estudo por um professor da USP que, vestido de faxineiro, ficou "invisível" na universidade, por anos. Em suma, quem deixa de ver o faxineiro, não deixa de ter seu lado Boris. Não que o Boris seja de todo mal, ele não é. Ninguém é. Somos todos humanos, com nossos lados luminosos e sombrios.

Boris também errou ao analisar a função de lixeiro. Os "'garis" são figuras simpáticas à população, vivem de bom humor e, ao lado dos carteiros, têm índices de aprovação e confiança que fazem corar os Poderes, a igreja e a imprensa. Infelizmente, estas instituições não são eficientes para limpar seus respectivos "lixos" como os garis o são com o lixo que lhes cabe. Por fim, não esquecer que - com seu jeito e ginga - um gari ilustra o vídeo institucional da bem sucedida campanha "Rio 2016". No Rio, os concursos para gari são concorridíssimos.

Certa vez, fui a uma festa na casa de um Procurador do Ministério Público do Trabalho (negro e onde grande número de convidados eram afrodescendentes). Fui com meus dois filhos e a babá do mais novo. Ela, negra, não está acostumada a ir a festas com tantas pessoas da sua cor. Em restaurantes e colégios caros, só para dar dois exemplos, é raro encontrar pessoas negras. Depois da festa, perguntei à babá o que ela achou e sua resposta foi: "Achei muito diferente, Dr. William. As pessoas olhavam para mim!". De fato, quem reparar vai ver quantos ignoram os trabalhadores mais humildes, quando não chegam a destratá-los. Naquele ambiente raro, a jovem experimentou a "não invisibilidade".

E você, leitor? Cumprimenta seu lixeiro? O garçom? A babá da vizinha? O porteiro? Você os vê? Aquele áudio procura você. Se você se julga, ou julga os outros, por quanto ganha, por qual carro tem, ou se não tem um, então o episódio pode revelar esse lado do Boris em seu cotidiano. Melhor que apenas discutir o que fez o Casoy é também questionarmos até que ponto reconhecemos o valor de todo e qualquer trabalho honesto.

William Douglas é Juiz Federal e professor.